História

A descrição da ilha utópica de More é feita com base numa comparação com a Inglaterra do seu tempo, pois More não critica exclusivamente os valores medievais, mas sim os que mais tarde serão chamados de valores burgueses. Também criticando a nobreza e o clero cujo possuíam a maior parte do solo e das riquezas públicas e muitos dos bens que permaneciam inacessíveis para a grande massa de trabalhadores. Suas idéias demonstravam que ele visava libertar os homens para o trabalho. Ao invés de lavradores sem emprego e homens agregados aos ricos, ele pretendia que todos trabalhassem para ter seu meio de sustento.
Em sua obra Utopia ele apresenta ideais que apesar de terem sido pensadas no período renascentista, condiz com questões bem atuais, anseios de resolução de problemas que ainda hoje são vividos pelas sociedades. A ausência da miséria, do desemprego, das altas taxações de impostos e a valorização do trabalhador são algumas das principais metas que já naqueles tempos se procuravam e eram desejadas por muitos, principalmente a classe baixa. Sendo esses alguns dos problemas que perduram ainda hoje, sem que sejam concretizados.
Um ideal de More muito importante seria a forma de punição, onde um assassino não ficaria na mesma cela que um homem que furtou um pouco de comida por necessidade, pois o primeiro já era perito em crimes, enquanto o segundo tinha cometido apenas uma leve infração pois precisava de algo para sobreviver. De acordo com ele o governo deveria ser justo, no caso não permitindo uma punição que seja injusta e desproporcional com o delito. A punição seria de acordo com o ato do criminoso. Enquanto no Brasil, as medidas punitivas para um assassino ou um ladrão com mais experiência na “arte” do crime é a mesma que a de um homem que rouba um litro de leite ou um pouco de comida, muitas vezes fazendo isso apenas para alimentar seus filhos. Porém ao deixar o perito em crimes com o homem que cometeu um leve delito por viver em situações precárias na mesma