História e literaturas africanas de língua portuguesa.

Tópicos em Estudos de Literatura Universal: História e literaturas africanas de língua portuguesa. “Eu acho que essa única história da África vem da literatura ocidental. (...) Uma tradição da África subsaariana como um lugar negativo, de diferenças, de escuridão (...) Como um professor, que uma vez me disse que meu romance não era “autenticamente africano” (...) O professor me disse que minhas personagens pareciam-se muito com ele, um homem educado de classe média. Minhas personagens dirigiam carros, elas não estavam famintas. Por isso elas não eram autenticamente africanas. (...) Então, é assim que se cria uma única história: mostre um povo como uma coisa, como somente uma coisa, repetidamente, e será o que eles se tornarão.”
Partindo desse trecho explanado na fala de Chimamanda, tentar-se á apresentar questões, não muito distantes de nós, que mostrem os estereótipos que foram criados acerca da África, de seu povo e de sua cultura. Através de um conceito geral temos o mau hábito, se assim posso dizer, de aplicar a todos determinadas características não considerando a particularidade de cada povo e nação. Apresentamos uma única visão excluindo sua história, seu contexto, sua cultura.
Chimamanda em sua fala destaca o assunto da África subsaariana, esta que se localiza abaixo do Saara, concentra a maior parte da população negra, assim dizem algumas pessoas. Porém, na África há uma mistura de raças, ela não e só composta por negros como pensamos. Há uma série de conceitos que foram construídos em relação à África, especialmente ao seu povo, tanto no que diz respeito a cor da pele da população até a extrema pobreza. Desse modo, fixa-se um olhar pré-moldado sobre esse povo anulando qualquer outra história que exista, como Chimamanda mesmo disse cria-se uma única história e nela não cabe outras visões.
Acerca do que já foi comentado até aqui, percebe-se que os estereótipos que são criados sobre determinado “objeto” cumprem com perfeição sua missão de generalizar