HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO FACE À “CRISE DOS PARADIGMAS”
À “CRISE DOS PARADIGMAS”
Ana Waleska Pollo Campos Mendonça
Refletindo sobre a crise dos paradigmas da história da educação.
Duas razões dão inicio a esta reflexão:
Primeiramente o isolamento do campo, fruto de uma ótica estreita e corporativa que busca, de forma infrutífera, delimitar fronteiras e resguardar esse campo da indesejável invasão de outros campos.
A inconsistência teórica decorre, em grande parte, desse isolamento pois a educação se constitui em um espaço necessariamente interdisciplinar.
A “NOVA HISTÓRIA” E A HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO
A “nova história” tem algumas características a destacar e refletir:
Ampliação do seu campo de estudo, portanto a multiplicidade dos objetivos, alguns dos quais totalmente novos,
Desmitificação do fato histórico que passa a ser percebido como algo que é construído pelo historiador ao longo do próprio processo da sua pesquisa
Portanto tem-se, cada vez mais firme, a compreensão de que o conhecimento histórico se produz no seio desta tensão entre passado e presente, sujeito e objeto, texto e contexto, documento e monumento, fato e interpretação.
Nagle (1984) diz que passamos de uma história puramente descritiva, calçada na análise da legislação do ensino para uma história interpretativa , que se utiliza do referencial marxista, muitas vezes de forma mecânica e reducionista, com isso, gerou-se uma série de problemas.
Por outro lado Nagle( 1984) afirma que não se dispõe de um esquema analítico que permita integrar os aspectos mais gerais e abrangentes da realidade educacional à dimensão especificamente pedagógica.
Barreto (1986) também cita que é preciso entender o método não como uma norma apriorística ou um procedimento universal, mas como um instrumento de trabalho, um “resultante dialético” do próprio trabalhar, atitudes básicas orientam nossa pesquisa documental:
A primeira foi a atitude de dialoga e mergulhar no nosso corpo documental sob a proposta de Brandão (1992) de se