História da Construção europeia

Robert Schuman foi um político democrata cristão e estadista luxemburguês radicado em França. Nasceu no Luxemburgo, em 1886. Em 1912, após ter concluído os estudos superiores em Direito na Alemanha, foi viver para França, mais propriamente para a cidade de Metz, onde abriu o seu escritório de advocacia. Com o início da 1.ª Guerra Mundial, em 1914, reforma-se devido a problemas de saúde, com apenas 28 anos. Pouco tempo após o início da 2.ª Guerra Mundial, em Março de 1940, foi nomeado sub-secretário de Estado para os Refugiados. Em 10 de Julho de 1940, atribui, em conjunto com outros 568 parlamentares, «plenos poderes» ao Marechal Pétain. Ao regressar à Lorena, é preso pela Gestapo e encarcerado secretamente na prisão de Metz, sendo mais tarde transferido para Neustadt, no Rheinland-Pfalz, em 13 de Abril de 1941. Em 1942, consegue fugir passando pela abadia de Ligugé e alcançar a zona livre em Agosto de 1942.
Foi ministro das Finanças (1946), primeiro-ministro (por duas vezes, em 1947 e 1948), Presidente do Conselho do Mouvement Républicain Populaire (1947), ministro dos Negócios Estrangeiros (1948-1952) e ministro da Justiça (1955-1956), tendo sido o grande negociador de todas as grandes organizações que se sucederam à Segunda Guerra Mundial, nomeadamente do Conselho da Europa, do Pacto do Atlântico Norte e da Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA). Em 9 de Maio de 1950 propõe a Declaração Schuman, que deu origem à actual União Europeia. Em 1958 obteve o prémio Carlos Magno. Entre esse ano e 1960 foi o primeiro presidente do Parlamento Europeu, tendo, no final do seu mandato, sido condecorado com o título de «Pai da Europa». Faleceu em 1963.
A 9 de Junho de 1990 foi aberto pela Igreja Católica um processo de beatificação de Robert Schuman onde foram ouvidas 200 testemunhas. O processo diocesano de beatificação, que conta com 50 mil páginas e pesa cerca de meia tonelada, foi já concluído. Atualmente encontra-se na Santa Sé para exame. Foi entretanto