Historiografia

- período colonial até o IHGB
- os textos produzidos foram mais crônicas e descrições do que “histórias”
- muitos apresentam compilações de fontes (que não existem mais) os que os tornam também fontes primarias
- não são portanto fontes elaboradas
- a partir de uma problemática, sem aspectos teóricos
- foram fontes principais para os primeiros historiadores do séc. XIX e até para os interpretes dos anos de 1930.

Fernão Cardim (1548 – 1685)
- jesuítas portugueses que viveu 42 anos no Brasil
- Tratados da Terra e Gente do Brasil (1581)
- narrativas epistolar de uma viagem
“Chegando o padre à terra começaram os frautistas a tocar suas frautas com muitas festa, o que também fizeram enquanto jantamos debaixo de um arvoredo de aroeiras mais altas.
Os meninos índios, escondidos em um fresco bosque, cantavam vários cânticos devotos enquanto comemos causavam devoção em meio daqueles matos (...).
Chegamos à aldeia à tarde sutis antes dela em quarto de léguas começaram as festas que os índios tinham aparentada, as quais fizeram em uma rua de altíssimos e frescos arvoredos dos quais saiam uns cantando e tangendo a seu modo, outros saltam com grande grita e urros que nos atroavam e faziam estremecer (...).
Tivemos pelo Natal um devoto presépio na povoação, onde algumas vezes nos ajuntamos com bons e devotos músicos e Irmão Barnabé nos alegravam com seu Berinbau.”

Gabriel Soares de Souza
- português que viveu 17 anos na Bahia
- senhor de engenho
- tratado descritivo do Brasil (1581)
- só republicado em 1851

Frei Vicente do Salvador

- Historia do Brasil (1627) em 5 volumes do historiador Manuel Severino de Faria
- versado em Direito, Teologia, Filosofia e Literatura, mas apresentava escrita mais objetiva e irônica

- A obra completa só foi publicada em 1888
- é o primeiro grande crítico da colonização portuguesa, fazendo denúncias sobre a desonestidade dos administradores e maus tratos aos índios.
“O dia em que o capitão-mor Pedro Alvares Cabral