historia da paz

Sempre houve pessoas empenhadas em evitar guerras, prevenir situações de conflito, preservar a natureza e evitar a proliferação de artefatos nucleares. Mas será que, ainda assim, a insanidade dos homens conduzirá o planeta à sua destruição por conta de guerras nucleares e desequilíbrio ecológico? Será que temos feito esforços adequados para manter a paz entre nações e a habitabilidade deste nosso abrigo comum? Este livro estabelece, de certa forma, um diálogo com História das guerras, recentemente publicado pela Editora Contexto. Ele mostra como trabalharam os arquitetos que desenharam o planeta e ajudaram a construir o mundo em que vivemos. Em meio a guerras e situações de conflito, a paz pode surgir como fruto de conquistas, de esforços diplomáticos, conciliação entre poderosos e acordos entre iguais e desiguais.

Depois de uma das mais sangrentas guerras da humanidade, Angola vive outros ares. Em termos sociais e econômicos, o que se vê é ainda um país devastado. A diferença é que,agora ele está em paz. Mas, por onde (re)começar?

Sem qualquer mediação estrangeira, em 4 de abril de 2002 foi assinado o acordo de paz entre o governo e a União Nacional para a Independência Total de Angola (Unita), após a morte em combate do presidente dessa organização guerrilheira, Jonas Savimbi. Chegavam ao fim quase três décadas de guerra civil após a independência e suas 500 mil mortes.

Para se refletir sobre o futuro de Angola, convém conhecer alguns números do presente. A população, estimada em 12,4 milhões de habitantes, está desigualmente distribuída: cerca de dois terços concentram-se entre o litoral e a cadeia montanhosa central. Os vastos planaltos do leste são praticamente despovoados, e o sudeste tem menos de um habitante por km² (a média do país é 9). A expectativa de vida ronda os 42,4 anos, uma das mais baixas do mundo. Quase metade dos angolanos tem menos de 15 anos (45%), e, portanto, é dependente. A guerra provocou grandes deslocamentos das regiões mais