Hipertermia Maligna

Hiperemia Maligna
É uma complicação rara e potencialmente fatal, associada à exposição do paciente a agentes halogenados, a anestésicos inalatórios e à succinilcolina. Anteriormente, era considerada uma síndrome hereditária, que consistia em temperatura corpórea extremamente, elevada, rigidez da musculatura esquelética e acidose, associada à taxa de mortalidade. Mais recentemente, tem-se reconhecimento que a HM é doença farmacogenética, sendo classificada como um distúrbio hipermetabólico do sistema musculoesquelético, com várias apresentações, dependendo de espécie, etnia e agentes desencadeantes. A HM é compreendida como uma síndrome autossômica dominante associada a mais de uma gene, potencialmente letal e considerada doença primária do sistema musculoesquelético. Pode ser também decorrente de eventos como: cardiomiopatias, estresse emocional, ataque cardíaco, síndrome maligna neuroléptica e trauma.
Incidência
A incidência de HM é relatada em 1:10.000 até 1:50.000 anestesias, afetando igualmente ambos os sexos; ocorre em indivíduos de etnia branca e amarela; é mais frequente em crianças e adultos e rara em idosos.
Índices de mortalidade
Primeiro casos 70%
Com uso de fármacos 10%
A HM é uma doença de notificação compulsória, de caráter imediato, no estado de São Paulo, de acordo com a Resolução SS nº20, da Secretaria de Estado de Saúde, de 22 de fevereiro de 2006.

Fisiopatologia e Manifestações Clínicas
A crise de HM consiste no aumento descontrolado do metabolismo da musculatura esquelética com elevação dos níveis de cálcio após um estimo desencadeador. A hipercalcemia intracelular resulta da depleção de ATP e O2, do aumento de Co2, lactato e calor, seguindo de leão celular com liberação de creatino-fosfatoquinase, potássio, cálcio e mioglobulina.
Clinicamente, a HM ocasiona taquicardia, rigidez muscular, instabilidade hemodinâmica, taquipneia, cianose e hipertermia. Sua manifestação clínica pode surgir a qualquer momento durante uma anestesia e