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e os partidários de uma ruptura com a estética clássica no período simbolista, no âmbito da história da arte, se constituíram nos precursores de uma nova concepção estética que, mais tarde, romperia as fronteiras do academicismo vigente, incentivando o surgimento de manifestações cada vez mais independentes neste campo. Neste contexto de mudanças observamos que os poetas simbolistas e pré-simbolistas propõem um retorno ao subjetivismo e à sensorialidade em oposição à objetividade científica e ao materialismo e é neste contexto que a sinestesia se configura no conjunto das propostas simbolistas.

Baudelaire, segundo Tornitore (1999) defendia, através da Teoria das Correspondências, a existência de uma relação entre os domínios sensoriais; para o poeta, certos cheiros estão associados a um certo tipo de verde, anunciando uma expansão no âmbito da sensibilidade onde é possível sentir um cheiro e ao mesmo tempo provar a doçura da música, ou ainda ver uma cor em particular. Em suma, defendia a proposta de que sons, cores e cheiros estão misteriosamente co-relacionados e que esta ligação é intrínseca à natureza das coisas portanto, potencialmente perceptível a todo ser humano e não necessariamente ligada à sensibilidade do "eleito" ou do "amaldiçoado".

Trata-se de um termo que está presente em diversas áreas de conhecimento, na literatura, por exemplo, Faraco & Moura, (1998) definem a sinestesia como fazendo parte de uma rede semântica de figuras de linguagem muito característica do simbolismo que, enquanto propriedade de um discurso, gera uma associação entre uma sensação e outra sensação, ou uma impressão, ou uma situação; Machado (1967), por sua vez, define etimologicamente o termo como o ato de perceber uma coisa no mesmo

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