Hantavírus
A Hantavirose é uma das zoonoses que vem preocupando as autoridades sanitárias de todo o mundo. Sua ocorrência se deve principalmente a distúrbios ecológicos, destacando-se desmatamentos, alterações em ecossistemas associados ao comportamento econômico, social e cultural do homem. A virose surge como um importante problema de saúde pública tanto em zonas rurais como em zonas urbanas.
A transmissão do vírus ao homem se dá de diferentes formas, tais como inalação de aerossóis contaminados, excrementos de roedores (diretamente ao colocar a mão em local contaminado e levar a mão à boca ou indiretamente através de água e alimentos contaminados), mordedura de roedor contaminado, contato direto com mucosas (olhos, boca) e por escoriações na pele, principalmente de trabalhadores rurais sem vestimenta apropriada (sandálias, bermudas, etc.). Em 1996, na Argentina, foi registrado um caso em que uma pessoa infectada transmitiu a outras 18 através do médico.
Agente etiológico e agente transmissor
A Hantavirose é causada por um vírus, da família Bunyaviridiae. Sabe-se que nas Américas existem mais de 20 tipos de vírus diferentes e cada um é transmitido por uma espécie diferente de roedor. Estes Roedores silvestres são considerados reservatórios do vírus, uma vez que o agente não causa doença no animal, apenas uma infecção crônica, levando o animal á condição de portador assintomático. O vírus se encontra nas fezes, urina e saliva desses animais, e quando esses produtos secam, o vírus permanece viável no meio ambiente, desde que este seja favorável (pouca iluminação e abafado).
As principais espécies silvestres portadoras do vírus no Brasil, são Akodon cursor, Oligorysomis