Hans Staden

698 palavras 3 páginas
Hans Staden
O alemão Hans Staden viajou duas vezes ao Brasil (1547 e 1550) e relatou em livro tudo que se passou durante seu período. Seu livro teve grande repercussão por conta de suas ilustrações, descrições de rituais antropofágicos, animais, plantas e costumes exóticos. Para os estudiosos, a obra contém informações de interesse antropológico, sociológico, linguístico e cultural sobre a vida, os costumes e as crenças dos indígenas do litoral brasileiro na primeira metade do século XVI.
Em sua primeira viagem ao Brasil esteve no estado de Pernambuco, enquanto que na segunda embarcou na expedição espanhola de Diego Sanabia, novo Governador do Paraguai. Contudo, seu navio naufragou nas costas do litoral fluminense. Por saber lidar com canhões, os portugueses destinaram Staden a artilheiro do Forte de Bertioga e foi defendendo esse forte que os tupinambás (inimigos dos lusos) o capturaram. Staden foi capturado por um aborígine chamado Nhaepepô-açu ("Panela Grande") e, em seguida, foi dado de presente a outro chamado Ipirú-guaçu ("Tubarão grande"). Uma vez, carregaram-no até a aldeia de Tiquaripe, perto de Angra dos Reis, para ver um dos seus inimigos ter a cabeça esmagada por um ibirapema (tacape de execuções). Logo em seguida, assistiu o corpo ser devorado pela tribo inteira, embriagada previamente com licor de raízes de abatí.
Um trecho do documento de Staden quando este chegou pela primeira vez na aldeia de Ubatuba, prisioneiro dos índios:
“[...]vimos uma pequena aldeia de sete choças... Chamavam-na Ubatuba. Dirigimo-nos para uma praia aberta ao mar. Bem perto trabalhavam as mulheres numa cultura de plantas de raízes, que eles chamavam mandioca. Estavam ai muitas delas, que arrancavam raízes e tive que lhes gritar, em sua língua "Aju ne xé peê remiurama", isto é: "Estou chegando eu, vossa comida."... Deixaram-me com as mulheres. Algumas foram à minha frente, outras atrás, dançando e cantando uma canção que, segundo seu costume entoavam aos prisioneiros

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