graduada
FACULDADE DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE NAZARÉ DA MATA
LICENCIATURA EM HISTÓRIA – AMÉRICA II
PROFESSORA: Drª KALINA VANDERLEI SILVA
Herói, independência e desilusão:
Simón Bolívar e a América Latina do Século XIX.
A América Latina é hoje uma definição geográfica de uma região das Américas, O entendimento geral que se têm desse espaço é comumente determinado por critérios lingüísticos, delimitando a América Latina ao espaço onde são faladas primordialmente línguas românicas, derivadas do latim, tais como o português, o espanhol e o francês.
Grande parte da América foi colonizada pelos povos da Península Ibérica – portugueses e espanhóis – Para alguns autores, a definição baseada em critérios lingüísticos se torna então obsoleta, pois, como é o caso do Paraguai, que tem em seu território a predominância da língua espanhola e também há a língua nativa do guarani. Segundo nos mostra César Fernández Moreno, que o conceito de América Latina não pode-se restringir ao aspecto lingüístico, pois: “Opõe-se a qualquer simplificação não só esta pluralidade de línguas ocidentais, como também a sobrevivência das línguas pré-colombianas (há um país que é bilíngüe: o Paraguai)”1, dando vez aos critérios históricos marcados pelo processo de colonização dessa região que legou características comuns as sociedades desse espaço geográfico.
A definição regional do que é a América Latina voltada para os critérios unicamente lingüísticos e religiosos – devido a predominância da Igreja Católica nesse espaço – é combatida por César Fernández Moreno. Sobre as questões religiosas, o autor nos mostra que por razões semelhantes aos critérios lingüísticos: “(...)dever-se-ia rechaçar também uma concepção religiosa que opusesse o catolicismo da América Latina aos protestantismo das colônias anglo-saxãs (aproximadamente a quarta parte dos Estados Unidos é católica”2.
Uma definição que segundo Moreno torna-se mais apropriada limita-se um pouco a questão