Haduuuuulen

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O que seus colegas de banda, empresários e jornalistas confirmam é que Jim Morrison deixou os Estados Unidos em busca da paz. Ele não aguentava mais o assédio do público e da mídia, a perseguição policial (ele chegou a ser preso no palco) e, sobretudo, os seus fantasmas interiores superdimensionados pelo uso cavalar de bebidas e de drogas potentes como o LSD.

Ele ficou especialmente mortificado com a acusação --sem provas-- de que teria mostrado partes íntimas para a plateia num show do Doors em Miami, em 1969. Numa entrevista a revista "Rolling Stone", Manzarek disse que não viu isso acontecer e que o episódio prejudicou a banda. Mas, apesar do depoimento do tecladista e de várias pessoas que estavam nas primeiras do show, a polícia deu sequência ao processo de atentado ao pudor contra Jim.

O guitarrista Robby Krieger chegou a comentar que a estada de Jim Morrison em Paris seria temporária. Segundo Krieger, ele voltaria para Los Angeles assim que a poeira baixasse por conta do processo judicial de atentado ao pudor, que angustiava muito o cantor. O guitarrista disse não saber se Morrison voltaria para o Doors, mas essa hipótese é descartada pela maioria dos pesquisadores, já que ele estava farto dos palcos e estúdios.

Chamado de "rei lagarto", Jim continua provocando confusão até hoje. Seu túmulo no cemitério do Père Lachaise, em Paris, virou ponto de encontro de fãs, que acendem velas, bebem e causam tumulto no local. Familiares de pessoas que estão enterradas próximas a Jim até tentaram remover a sepultura do cantor para outro lugar, mas não conseguiram.

Endeusamento do The Doors

Com o Doors, Jim lançou sete discos entre 1967 e 1971, cultuados, endeusados e responsáveis por uma crescente legião de fãs em todo o mundo, em especial Estados Unidos. As letras de Morrison mostram influências nítidas do movimento beat de escritores como Jack Kerouac e Allen Ginsberg, e nomes de grosso calibre como Franz Kafka e Honoré de Balzac.

Ao longo de seu curto

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