Guerra do Contestado

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No período de 1912 e 1916, um conflito semelhante ao de Canudos eclodiu na região do Contestado, entre o Paraná e Santa Catarina. Eram pessoas muito pobres, oprimidas, que não possuíam terras e também padeciam com a escassez de alimentos. Viviam sob a exploração dos fazendeiros e de duas companhias norte-americanas que atuavam na área: a Brasil Railway, do empresário Percival Farquhar, que construía a estrada-de-ferro São Paulo – Rio Grande do Sul; e a Southerm Brazil Lumber & Colonization, que se dedicava à exploração da madeira. Com o apoio do governo federal, a Companhia conseguiu a propriedade de uma faixa de 30 quilômetros de cada lado da ferrovia. Quando terminou a construção da estrada de ferro, oito mil trabalhadores ficaram desempregados. Além disso, o empresário Farquhar adquiriu 180 mil hectares na região de Santa Catarina, onde implantou a maior madeira da América Latina, voltada para a exportação. Pequenos e médios madeireiros foram prejudicados, pois não tinham como concorrer com a empresa norteamericana. Essa atitude revoltou os sertanejos e foi o estopim para o conflito, que se destacou por sua característica sócio-política. A Guerra do Contestado colocou os nativos contra o governo, as multinacionais e as oligarquias. Nesse contexto, surgiram beatos, pregadores religiosos que começaram a pregar contra a República, considerada “lei do diabo”. Um desses beatos, José Maria D’Agostini (ex-soldado paranaense), à frente de numerosos seguidores, instalou-se na área de Taquaraçu, onde fundou uma comunidade denominada Monarquia Celeste, com normas igualitárias e governo próprio, onde todos teriam prosperidade, paz e justiça. O governo federal não viu com bons olhos o trabalho de José Maria, que passou a representar um risco para a ordem e segurança da região. Ele e seus seguidores foram severamente reprimidos pelas multinacionais e pela guarda armada do governo federal. Eles pretendiam dar fim aos povoados sertanejos e obrigá-los a

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