Grupo Terapêutico com familiares

Uma doença crônico-degenerativa, como o câncer, impacta não só a vida do paciente, mas também todos que o cercam, inclusive seus familiares, devido suas vidas estrarem intrinsecamente relacionadas. Tanto a história vivida pela família, a forma como se estruturam, quanto o contexto em que o paciente descobriu o câncer, exercem influência sobre o comportamento de todos os envolvidos. Diante da realidade do diagnóstico de câncer, dos tratamentos, em sua maioria agressivos, como cirurgia e quimioterapia, que afetam física, social e o psicologicamente a vida do paciente, e ainda da falta de conhecimento a respeito da doença, os familiares enfrentam uma pluralidade de sentimentos como frustração, ansiedade, raiva, vergonha, incerteza, impotência e depressão. Com isso, têm suas vidas acometidas, por estarem intrinsecamente ligados ao parente (SOUZA; SANTO, 2008). Segundo os estudos de Silva (2001), a primeira reação dos parentes frente a notícia de câncer no familiar é o choque, seguidos pela negação, como se aquela notícia fosse engano e que tudo vai voltar ao normal. Como cada tipo de câncer, sintomas, desenvolvimento e cuidados variam de pessoa para pessoa, o trabalho aponta que os familiares podem se posicionar de diversas formas ao longo do tratamento. São destacados: a perda de esperança, que podem prejudicar sua vida afetiva, social, o trabalho e também levá-los a adoecer, dedicação total ao paciente, em detrimento as outras pessoas e atividades, postura mais otimista, busca de apoio na religião e tentativa de fortalecer a união entre membros da família. De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA, 2012) o câncer é a segunda causa de morte na infância e adolescência no Brasil, sendo a principal entre as doenças. Estima-se que 70% dos portadores podem ser curados, se diagnosticados com precocemente. A leucemia é o tipo mais comum, representando 30% dos casos. Ortiz (citado por CARDOSO, 2007) destaca que as mães acabam se tornando mais