Graça
Ela é um problema na mesma medida em que por ela a Verdade nos Liberta, conforme o testemunho do Espfrito de Deus em nossos corações.
Todavia, quem, de fato, quer cura e libertação?
O problema da Graça é a liberdade que ela gera. Liberdade é apavorante, nos deixa sem chão, nos obriga a andar com as próprias pernas, concede-nos a benção de pensar, sentir, dissernir e nos julgar.
O problema da Graça é que ela nos faz profundamente auto-conscientes e, ao mesmo tempo, nos dá a certeza de que diante de Deus a única voz que se faz ouvir não brota dos meus lábios, mas de minha consciência.
A Graça gera auto-consciência! E quem deseja ter uma? Muito pouca gente!
A maioria não deseja ter que decidir e assumir a responsabilidade de ter exercido a sua própria consciência diante de Deus e dos homens, e, sobretudo, diante de si mesmo.
Portanto, quanto mais Moral é um ser, menos consciência pessoal ele tem!
Consciência pressupõe a pre-existência de liberdade, e, esta, só se manifesta em plenitude na Graça, pois, é somente nela que se perde o medo de ser!
A questão é que a maioria das pessoas pensa que liberdade induz ao erro. Nenhum erro poderia ser maior!
Paulo nos ensina que quanto mais Lei ou Moral, mais conhecimento do pecado. E, sendo assim, mais a neurose do pecado se instala em nós.
Ou seja. a Lei gera a certeza da culpa e esta nos deita nos braços do pecado. E por quê? Porque a Lei gera neurose, que produz a obsessão de vencer por conta própria “o pecado que habita em mim”, segundo Paulo.
E é Paulo também, como já vimos anteriormente, quem nos diz que a impossibilidade da Lei ser efetiva quanto a nos fazer viver com saúde vem do fato de que o condutor dela, o homem, está em estado terminal; ou seja, a inviabilidade da Lei é que ela se materializa pelo condutor essencialmente adoecido da natureza humana.
O paradoxo acontece quando se descansa em Cristo e em Sua Graça e, assim,