Grande Sertão Veredas - Resumo da obra.

Análise da obra de Guimarães Rosa:
"Grande Sertão Veredas" Uma das obras mais importantes da literatura brasileira, é elogiada pela linguagem e pela originalidade de estilo presentes no relato de Riobaldo, ex-jagunço que relembra suas lutas, seus medos e o amor reprimido por Diadorim.

O romance "Grande Sertão: Veredas" é considerado uma das mais significativas obras da literatura brasileira. Publicada em 1956, inicialmente chama atenção por sua dimensão – mais de 600 páginas – e pela ausência de capítulos. Guimarães Rosa fundiu nesse romance, elementos do experimentalismo linguístico da primeira fase do modernismo e a temática regionalista da segunda fase do movimento, para criar uma obraúnica.

Narrador O foco narrativo de "Grande Sertão: Veredas" está em primeira pessoa. Riobaldo, na condição de rico fazendeiro, revive suas pelejas, seus medos, seus amores e suas dúvidas. A narrativa, longa e labiríntica, por causa das digressões do narrador, simula o próprio sertão físico, espaço onde se desenrola toda a história.

A obra, na verdade, apresenta o diálogo entre Riobaldo e um interlocutor, que não se manifesta diretamente. Portanto, só é possível identificá-lo e caracterizá-lo por meio dos próprios comentários feitos por Riobaldo.

Tempo Nessa narrativa, pode haver dificuldade de compreensão sobre a passagem do tempo. O motivo são a estrutura do romance, que não se divide em capítulos, e a narrativa em primeira pessoa, que permite digressões do narrador, alternando assim o tempo da narrativa a seu bel-prazer. No entanto, podemos dividir a obra, segundo alguns fatos marcantes do enredo, para facilitar a leitura:

1ª parte: introdução dos principais temas do romance: o povo; o sertão; o sistema jagunço; Deus e o Diabo; e Diadorim. Nesse primeiro momento, Riobaldo introduz também a figura do interlocutor, que, como foi dito, não aparece diretamente na obra.

2ª parte: inicia-se in medias res, ou seja, no meio