Goffman

1. As máscaras que eu vou usar e os papéis sociais que eu vou desempenhar vão depender, em grande medida, das relações de poder que eu tiver com a sociedade e os indivíduos que a constituem. Em A Representação do Eu na Vida Cotidiana, e utilizando-se da metáfora dramatúrgica, Goffman aborda o funcionamento das relações de poder na vida cotidiana, e destaca o conceito de "definição de situação", que irá servir para as pessoas se orientaren e agirem de maneira mais adequada socialmente. Para qualquer indivíduo na sociedade, definir a situação significa que ele se posicionou corretamente e está entendendo o que está acontecendo, independente de forças externas. Quem tem o poder é quem vai legitimar a definição de situação de cada indivíduo dentro do sistema. Portanto, se nos definirmos "mal", existe a possibilidade de passarmos algum embaraço ou vergonha, o que nos leva a outro conceito mencionado por Goffman, o de 'coerção social", que é uma forma quase opaca de controle sobre os indivíduos. Então, segundo Goffman, "Temos uma forma de modus vivendi interacional", no qual os indivíduos vão construindo sua fachada (Goffman, 1985:29), que reflete os valores da sociedade, se institucionaliza e se torna uma "representação coletitiva". Contudo, segundo Goffman, "... as impressões alimentadas pelas representações cotidianas estão sujeitas à ruptura.", o que me faz lembrar que o tema está longe de se esgotar.

2. Começo essa questão com uma frase de Goffman:

"A coerência expressiva exigida nas representações põe em destaque uma decisiva discrepância entre o nosso eu demasiado humano e nosso eu socializado".

Definitivamente não, contudo me fez pensar em questões que geralmente não percebemos na vida cotidiana pois estamos muito preocupados em usar nossas máscaras, transformando nossos hábitos animais em lealdade e deveres para nos tornarmos pessoas (Goffman, 1985:27). Mas, principalmente, a leitura do texto serviu para eu compreender melhor a relacionamento entre as