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Como assim, conflito pode ser bom?

VAMOS REPRESENTA-LO PELA FILOSOFIA CHINESA YIN E YANG

Esta representação da integração entre Yin e Yang; segundo a filosofia chinesa, forças complementares apesar de distintas: o Yang com a qualidade de luz, calor, da força masculina, e o Yin escuro, feminino, frio. E entre eles não há valores ou hierarquia; ou seja, um não é melhor ou mais importante do que o outro. Além disso, não são só complementares; a figura também nos mostra que ambos contêm um ao outro. Em Yang há um pouco de Yin e o inverso é verdadeiro.
Em contrapartida, há um outro jeito de olhar para as coisas. Trata-se de uma forma maniqueísta de enxergar o mundo, acreditando que o bem e o mal são absolutos e opostos.

Certamente às vezes é mais fácil escolher o estereótipo, acreditar que nós/ou outros/as situações são boas ou ruins, assim de maneira total, sem nuances. Contudo, observando a nossa vida, tanto pessoal quanto profissional, a idéia de complementaridade difundida pela filosofia chinesa parece fazer mais sentido, você não acha? Afinal, ninguém é só bom ou só ruim. Assim como nenhuma equipe ou local de trabalho também não é só bom ou ruim.
Com o conflito é a mesma coisa. Em um primeiro momento podemos achar que é necessariamente desgastante ou nocivo, sinônimo de briga, de animosidade. Mas você já parou para pensar no conflito como oportunidade de mudança? Como um elemento que provoca movimento? E isto acontece mesmo quando o conflito ocorre justamente porque alguém está evitando mudanças.
Ficou difícil? Então vamos imaginar a situação: tem aquele trabalho lá na escola que há 30 anos é feito da mesma maneira. Aí chega você, secretário, e sugere para o diretor uma mudança que considera importante para tornar o processo mais eficiente: “- Então, Sr. Diretor, porque em vez de assim, a gente não faz assado?”. Mas ele insiste, diz que não, que desde o tempo dele é feito do mesmo jeito, como ousa sugerir mudança?! Percebe? Um conflito instalado