Genero

CONTRA O EUROCENTRISMO – VERÔNICA YURIKA MORI & CLEYDE RODRIGUES AMORIM

CONTRA O EUROCENTRISMO: possibilidades de valorização da diversidade étnica e sócio-cultural no contexto escolar Verônica Yurika Mori* Cleyde Rodrigues Amorim**

INTRODUÇÃO As reflexões que atribuem à educação o papel de promover a transformação social nos apontam para, entre outras coisas, a importância da criação de escolas com práticas pedagógicas específicas para determinados grupos. Grupos minoritários vêm lutando para uma educação diferenciada que privilegie as necessidades, saberes e práticas respectivas a estes. É em tom de reivindicação que assentados e acampados do Movimento Sem Terra, comunidades indígenas e remanescentes de quilombos, entre outros, buscam do Estado respaldo para uma educação diferenciada que valorize as suas culturas. Em todo o país diversas políticas públicas têm buscado a soluções para esta questão educacional. No estado do Paraná, foram pensadas e discutidas políticas públicas que venham atender às demandas desses grupos e que tem sido incrementadas pelo governo. Foram implantadas a partir dos anos 2003: a Escola Itinerante nos assentamentos e acampamentos do MST e a Escola Indígena - escolas bilíngue Kaingang e Guarani e, mais recentemente, houve a proposição de uma escola bilíngue para os Xetá. Em consonância a estas políticas, em 2001 foi implantado o vestibular diferenciado para indígenas para ingresso nas universidades
*

Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da UEM - Universidade Estadual de Maringá e professora de Sociologia da rede estadual de ensino do Paraná. E-mail: [e-mail]. ** Antropóloga, professora do Departamento de Educação, Política e Sociedade da Universidade Federal do Espírito Santo e no Programa de Pós-Graduação de Ciências Sociais da UEM. E-mail: [e-mail].

Cadernos do LEME, Campina Grande, vol. 3, nº 1, p. 106 – 122. jan./jun. 2011.

106

CONTRA O EUROCENTRISMO – VERÔNICA YURIKA