Gêneros textuais - charge

GÊNEROS TEXTUAIS
• Definição e teoria:
Segundo Cadore (1996) o vocábulo gênero é compreendido, etimologicamente, com o significando de família, raça ou conjunto de seres dotados de características comuns. Assim sendo, a palavra ‘gênero’ sempre foi bastante utilizada pela retórica e pela literatura com um sentido especificamente literário, identificando os gêneros clássicos – o lírico, o épico, o dramático – e os gêneros modernos da literatura, como o romance, a novela, o conto, o drama, etc.
Mikhail Bakhtin (2003), no início do século XX, dedicou-se aos estudos da linguagem e da literatura – foi o primeiro a empregar o vocábulo “gênero” com um sentido mais amplo, referindo-se também aos tipos textuais que emprega nas situações cotidianas de comunicação. De acordo Bakhtin (2003) todos os textos que são produzidos, sendo estes orais ou escritos, proporcionam um conjunto de características predominantemente estáveis, tendo-se ou não consciência delas. Essas características configuram diferentes tipos ou gêneros textuais que podem ser identificados por três aspectos básicos coexistentes: o assunto, a estrutura e o estilo.
A opção do gênero não é inteiramente automática, de modo que deve-se levar em consideração um conjunto de parâmetros essenciais, como quem está falando, para quem se está falando, qual é o seu objetivo e qual é o assunto do texto. Assim sendo, consideramos que gêneros textuais são os textos que se encontram em nosso dia-a-dia com padrões sócio-comunicativos característicos definidos por sua composição, objetivos enunciativos e estilos concretamente realizados por forças históricas, sociais, institucionais e tecnológicas.
Segundo L.A. Marcuschi, os gêneros textuais, como práticas sócio-históricas, se compõem como atividades para atuar sobre o mundo e dizer o mundo, constituindo-o de algum modo. De acordo com este autor, são textos orais ou escritos solidificados em situações de comunicação decorrentes, como poderemos comprovar mais adiante,