Física experimental

3424 palavras 14 páginas
Analógos XI

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A HISTÓRIA DO HOMEM SEGUNDO NIETZSCHE Felipe Gustavo alves Moreira
Mestrando em Filosofia pela PUC-Rio

Resumo: Nietzsche divide descontinuamente a história do homem em termos de Animal / Passado / Pré-Moral, Homem / Presente / Moral e Super-homem / Futuro / Extramoral. Ele não acredita que existe uma evolução progressiva entre esses três estágios: o homem “é” uma “corda” em contínua tensão entre esses três tempos. A pretensão desse artigo é apresentar uma abordagem introdutória dessa questão.

No “Prólogo” de Assim falou Zaratustra (1885), Zaratustra apresenta sua concepção de história do homem nos seguintes termos: o homem é um corda estendida entre o animal e o super-homem – uma corda sobre um abismo. / É o perigo de transpô-lo, o perigo de estar a caminho, o perigo de olhar para trás, o perigo de tremer e parar. O que há de grande, no homem, é ser ponte, e não meta: o que pode amar-se, no homem, é ser uma transição e um ocaso1. A metáfora de Zaratustra não é homem como escada, mas, sim, homem como corda. Essa diferença não é um detalhe. Se Zaratustra pensasse a partir da primeira metáfora, a questão seria mostrar se Nietzsche acredita que o homem está subindo progressivamente em direção ao super-homem ou descendo decadentemente até o animal ou permanecendo estático na sua humanidade. Mas a pretensão de Zaratustra é pensar a partir da segunda metáfora, de modo que o problema não pode ser colocado nesses termos. O homem como corda “é” simultaneamente esses três períodos: ele é o perigo de estar a caminho em direção ao superhomem e o perigo de olhar para trás e voltar à animalidade e o perigo de tremer e parar no homem contemporâneo. Desse modo, ainda que Nietzsche diferencie

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descontinuamente esses três estágios; ele pensa a partir de uma perspectiva que concebe o homem como uma corda em contínua tensão entre essas três instâncias. Mas é preciso notar que Zaratustra não valora indiferenciadamente a esses três

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