Função materna

Para acontecer à função materna depende de a mulher na condição de mãe desejar sê-lo. Quando esta mãe lança um olhar de desejo pra o filho há um exercício de transmissão de - antecipação – sujeito-eu ideal. A criança se lança então nesta relação a partir da forma como a relação foi lançada a ela. A mãe assim para ter um filho precisa estar em falta, é quando ela está gestando que idealiza seu filho, ela imagina como ele será parecido com o pai ou com ela, que cor vai ser seus olhos, assim ela vai vestindo seu filho no imaginário, para este filho existir ele precisa ser nomeado, para assim poder entrar na linguagem.
A amamentação é o primeiro tipo de alimentação do bebê e repercute de forma múltipla na mãe, proporcionando um sentimento de proximidade com seu filho, através de um movimento circular de satisfação, que se origina do oferecimento do peito ao bebê, circula pela sucção, retornando de forma glandular e psíquica sobre a mãe. Ainda diz que a primeira forma de expressão da função materna ocorre através do leite, e vai se re-significando através de outros objetos, no decorrer de seu desenvolvimento. (Jerusalinsky 1984).
O bebê quando nasce é o falo da mãe, e sua sexualidade é instaurada quando a mãe erotiza seu bebê, ela o beija, o da de mama, deixando nele uma marca do sexual, e está marca somente se instaura quando acontece o fort da, é quando o bebê vai sentir a falta da mãe, tomemos, por exemplo, no momento em que a mãe da o peito ao bebê, ela deixa uma marca, ela erotiza ele, e no momento em que ela sai o bebê vai alucinar que está mamando e por isso faz movimentos de sucção com a chupeta, neste momento em que a mãe sai, ele vai ter uma hipótese que ele (bebê), não é tudo para a mãe, que seu desejo está ligado a um terceiro.
Podemos nos reportar ao estádio do espelho para explicar o narcisismo primário, o primeiro esboço do eu e as identificações secundárias. O bebê antes do estádio do espelho percebe-se como fragmentado, não faz nenhuma distinção