Freud

5107 palavras 21 páginas
1 Introdução
O presente trabalho tem por objetivo realizar uma análise do texto Totem e Tabu (1913), conferindo ênfase à discussão acerca da gênese da moralidade e, mais especificamente, à relação estabelecida entre Lei e desejo.
Estruturado em quatro partes, que seguem a divisão do texto freudiano, procurou-se articular a leitura do original, a obra de uma comentadora e as anotações feitas durante as aulas da disciplina “Ética da Psicanálise”, ministrada no curso de Psicologia da Universidade Federal do Paraná.
I - Horror ao Incesto
Freud, ao iniciar seu texto, no primeiro ensaio, discorre sobre os pontos de concordância existentes entre a psicologia das sociedades primitivas, objeto de estudo da antropologia social, e a psicologia dos neuróticos, revelada pela psicanálise. O que o autor afirma é que horror e desejo de incesto são duas faces de uma mesma moeda, e estão presentes em todas as sociedades, tanto nas mais antigas quanto nas modernas.
Ao levantar apontamentos sobre a organização da população dos aborígenes, o autor evidencia a existência de um sistema totêmico, que estrutura e fundamenta as relações entre os membros desta tribo. Isentos de uma Instituição religiosa ou social, porém operando sobre outra lógica, a do totemismo, os integrantes desta sociedade se subdividem em grupos menores, denominados clãs, que, por sua vez, são organizados mediante o seu totem. O totem se aplica à espécie de seres ou de coisas que todos os membros de um clã julgam sagrados, podendo ser animais, vegetais, ou a própria divinização representada em uma escultura.
Antes de mais nada, trata-se de um símbolo, de um nome, cujo caráter intrínseco determina como as coisas são classificadas, funcionando como uma etiqueta coletiva. Deste modo, todos os descendentes de um mesmo totem são considerados consanguíneos.
Há, contudo, uma característica do totem, que suscitou a curiosidade e o interesse do autor, qual seja, uma lei que proíbe as relações sexuais entre pessoas do

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