Freud e a Antropologia

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Quando Sigmund Freud criou a psicanálise, deparava-se com vários distúrbios, alguns com sintomas obsessivos ou perversões, entre outros e lidava com relatos de sonhos, acessos ao inconsciente e outros materiais fornecidos pelos pacientes, para que pudesse exercer as suas funções. Durante estas atividades, Freud constatou hábitos culturais específicos e que na maior parte dos analisados existia um estranho modo de pensar primitivo que se poderia aproximar às crenças e costumes dos “selvagens”.
Este leu pela primeira vez a obra The golden bough de Frazer (1890) que o influenciou bastante. Durante a leitura, focou a sua atenção mais intensamente para o tema do “homem primitivo”.
Inspirado por várias áreas como a antropologia, biologia, história da religião, etnografia e a sua criação, a psicanálise, e ainda por diversos autores que ilustram essas áreas, Freud elaborou a obra Totem e tabu (1913).
Esta obra reflete bastante a influência da antropologia no pensamento do autor uma vez que trata as precauções de povos aborígenes para evitar possibilidades de incesto, toma os tabus primitivos e ambivalência emocional como campo de estudos, fazendo paralelismo com a atual consciência e sentimento de culpa, examina a relação entre animismo, pensamento mágico e onipotência infantil dos pensamentos e ainda estabelece importantes contribuições para a compreensão dos costumes, crenças e rituais dos chamados “povos primitivos” e o totemismo na Infância.
Freud procura fazer uma comparação e assim encontrar semelhanças entre a vida psíquica dos selvagens e dos neuróticos. Segundo Morris, este acredita que a evolução cultural “o conceito humano de universo” tinha passado sucessivamente por três fases evolutivas: animismo, religião e ciência; e que esta evolução se correspondia com as etapas de crescimento infantil, do estado de descobrimento dos objetos (caracterizado pela dependência dos pais) à maturidade quando o individuo renuncia ao principio do prazer e se adapta ele mesmo

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