Formação de tutores

Prova, processo de aprendizagem, situações da vida

Nas considerações a seguir, partimos do pressuposto de que o próprio professor elabora as suas provas. Quaisquer que sejam as objeções que se possam levantar contra a preparação de provas pelo próprio professor da matéria – por exemplo, a de que para isso lhe faltam os conhecimentos técnicos necessários –, a união entre ensino e prova e, conseqüentemente, entre docente e examinando é tão importante que deve ter prioridade sobre todas as demais exigências.

Julgamos que a elaboração e a aplicação das provas oferecem ao professor uma oportunidade única de tomar distância da sua própria ação e de avaliá-la criticamente. Pois uma prova corretamente elaborada deve começar com uma reflexão do professor sobre o ensino e a aprendizagem dos alunos. Para tanto, há de colocar-se as seguintes perguntas...

1. Quais foram os meus objetivos de aprendizagem?

2. Para que serviu a perseguição desses objetivos?

3. O que sabem meus alunos depois de terem acompanhado minhas aulas?

Primeira pergunta: Quais foram os meus objetivos de aprendizagem?

Mais uma vez o professor deverá procurar dar-se conta daquilo que propriamente quis ensinar, transmitir, fazer os alunos aprenderem. A pergunta prévia a esta há de ser: o objeto do ensino estava definido sobretudo em termos de conteúdo, ou seja, visava a um conhecer e a um saber-fazer ou visava a uma técnica de comunicação, isto é, o desenvolvimento da capacidade de dizer, explicar algo a outros, convencê-los etc. ou, em terceiro lugar, o objetivo era uma técnica representativa de natureza intelectual ou artística – por exemplo, a capacidade de descrever lingüisticamente uma imagem ou uma cena, de resumir um trecho ou dar-lhe uma feição artística. É muito útil colocar-se novamente estas perguntas – elas já devem ter sido colocadas na preparação das aulas –, pois isso serve para um esclarecimento retrospectivo do objetivo do ensino, que terá