formação brasileira
A descoberta do Brasil em 1500 marcou o início da ocupação civilizada do território que viria a se chamar Brasil, sob os moldes do absolutismo europeu e do sistema colonial. Antes da chegada de Pedro Álvares Cabral, os nativos se organizavam sob a forma tribal e configuravam uma cultura primitiva, em que a terra correspondia à área de habitação de tribos diferenciadas. Esses nativos, chamados equivocadamente de indígenas pelos colonizadores europeus, que acreditavam ter chegado às Índias e não a uma nova terra, deixaram traços na cultura brasileira, especialmente na arte, na alimentação e nas formas de cultivo agrícola.
O sistema colonial implantado no novo território baseou-se inicialmente na exploração do pau-brasil e, em seguida, no cultivo da cana-de-açúcar, que garantiu aos portugueses a ocupação definitiva do litoral. A base da economia era a atividade agrícola, mantida pela mão-de-obra escrava vinda da África.
O chamado pau-brasil se caracterizou como uma especiaria, pois tratava-se de uma árvore da qual se extraía tintura vermelha para tecidos, mercadoria de grande procura na Europa. O nome Brasil derivou, assim, de uma árvore da cor de brasa.
Com o rareamento da madeira e o monopólio do produto, impôs-se novas formas de desenvolvimento econômico do litoral e os colonos lançaram-se a um novo projeto: a cultura da cana e a produção do açúcar.
Em meados do século XVI, o açúcar tinha grande valor de mercado e sua cultura era dominada pelos portugueses, que se haviam aperfeiçoado nessa produção nos Açores. Para o plantio do açúcar, os colonos contaram, a princípio, com a mão de obra indígena que, no entanto, não se adequou à operação dos engenhos, tarefa que exigia um melhor grau de aperfeiçoamento tecnológico. Para resolver esse problema, os portugueses começaram a importar escravos da África, que se tornaram uma solução a longo prazo.
Do ponto de vista da ocupação