FORMAS ELEMENTARES DE VIDA RELIGIOSA

Universidade católica portuguesa
Faculdade de Teologia

Licenciatura em Ciências Religiosas

BRUNO ALTINO TEIXEIRA FÉLIX

FORMAS ELEMENTARES DE VIDA RELIGIOSA
CAPÍTULO I – DEFINIÇÃO DO FENÓMENO RELIGIOSO E DA RELIGIÃO – EMILE DURKHEIM

Trabalho realizado no âmbito de SOCIOLOGIA DA RELIGIÃO sob orientação de:
Prof. Doutor EDUARDO DUQUE

Braga
2013
“Durkheim tinha por objeto de estudo compreender a origem das diversas religiões. Segundo ele, o homem é ser religioso e sempre será. Para ele, era possível comparar as religiões porque elas possuíam elementos comuns. Segundo ele, uma religião é um sistema solidário de crenças seguintes e de práticas relativas a coisas sagradas, ou seja, separadas, proibidas; crenças e práticas que unem na mesma comunidade moral, chamada igreja, todos os que a ela aderem”1.
Spencer diz que a religião consiste na “crença na onipresença de alguma coisa que vai além da inteligência”.
Neste capítulo começamos por analisar a religião definida pelo sobrenatural.
A religião (evolução do pensamento religioso) antecede a ciência como forma de conhecimento do mundo.
Antes de existir a ideia de sobrenatural, os acontecimentos mais maravilhosos nada possuíam que não parecessem perfeitamente concebíveis.
A ideia de sobrenatural está ligada às leis que os fenómenos do universo estão ligados entre si de acordo com relações necessárias. Tudo aquilo que transgride essas leis está fora da natureza e da razão é, portanto cientificamente inexplicável. Foi a ciência e não a religião, que ensinou aos homens que as coisas são complexas e difíceis de se compreender.
“Entende-se por isso toda ordem de coisas que ultrapassa o alcance do nosso entendimento; o sobrenatural é o mundo do mistério, do incognoscível, do incompreensível. A religião seria, portanto, uma espécie de especulação sobre tudo o que escapa à ciência e, de maneira mais geral, ao pensamento claro”. “Em todo o caso, o que é certo é que essa noção