fluidos de perfuração

2. FLUIDOS DE PERFURAÇÃO

2.1. Histórico O engenheiro francês Flauville, em 1833, ao encontrar um aquífero na perfuração de um poço, percebeu que a água, ao jorrar, poderia transportar para fora do poço os detritos resultantes da perfuração. Essa observação deu início ao uso da água como fluido de circulação na perfuração de poços (LUZ E BALTAR, 2003). Quando da perfuração dos primeiros poços de petróleo utilizava-se a própria argila da formação misturada à água formando uma espécie de lama, motivo do fluido também ser denominado lama de perfuração (SCHAFFEL, 2002 apud VEIGA, 1998). Estava estabelecido o princípio de utilização da circulação de fluidos na perfuração de poços.

2.2. Classificação

Os fluidos de perfuração são tradicionalmente classificados de acordo com o seu constituinte principal, em: fluidos à base de gás, fluidos à base de água e fluidos à base de óleo (DARLEY E GRAY, 1998 apud AMORIM, 2007). Os fluidos a base de água apresentam baixo custo em relação aos fluidos a base de óleo e sintéticos, mas apresentam a desvantagem de causar danos a formações rochosas sensíveis ou simplesmente não serem adequados em função da elevada hidrofilicidade das formações (FÉLIX et al., 2007). Os fluidos de base aquosa são formados pela água pura com ou sem aditivos e podem ser divididos em não-inibidos, inibidos, com baixo teor de sólidos e emulsionados em óleo e os fluidos de base não aquosa com conteúdo aromático elevado, conteúdo aromático médio e conteúdo aromático baixo ou desprezível. Os fluidos que não são apenas líquidos, podem ser constituídos de duas formas, que são uma mistura gás-líquido ou apenas gases, podendo ser ar ou gás natural, e são utilizados apenas em casos especiais (GUIMARÃES E ROSSI, 2007).

2.3. Constituição

Os fluidos são constituídos pela sua base, podendo ser água, óleo, ar ou algum material sintético e os aditivos. Os aditivos são substâncias químicas que, quando adicionadas ao fluido, conferem a ele propriedades