Fisiopatologia da Asma Grave

4017 palavras 17 páginas
FISIOPATOLOGIA DA ASMA GRAVE

Fisiopatologia da asma grave

R e v P o r t I m u n o a l e r g o l o g i a 2 0 0 6; 1 4 (Supl 2) : 43 - 48

Ana Todo-Bom1, Anabela Mota Pinto2
1
2

Assistente graduada em Imunoalergologia dos Hospitais da Universidade de Coimbra
Professora de Patologia Geral da Faculdade de Medicina de Coimbra

A

história natural da asma e os condicionalismos de uma evolução para formas moderadas ou graves não está completamente estabelecida. Contudo, quer os factores genéticos quer os factores ambientais, serão determinantes na fisiopatologia e no prognóstico da doença. A asma é, por definição, uma doença inflamatória crónica das vias aéreas caracterizada por uma obstrução brônquica generalizada mas variável que é, pelo menos parcialmente, reversível espontaneamente ou através de intervenção farmacológica e que está associada a um aumento de reactividade a vários estímulos1. É pois o grau de inflamação e de broncospasmo,

assim como a intensidade dos fenómenos de remodelação que ocorrem nas vias aéreas, que irá determinar a classificação da doença quanto à sua gravidade. Em todo este processo existe lesão de órgão prontamente reparada pela intervenção de mecanismos de defesa reguladores da resposta em curso. É fundamentalmente dos equilíbrios dinâmicos que se vão estabelecendo neste cenário que deve ser situada a fisiopatologia da asma grave.

A patogénese da asma associa-se a mecanismos moleculares e celulares da inflamação das vias aéreas. Na asma alérgica essa inflamação é em larga medida dependente da sensibilização pela IgE. No primeiro contacto do alergénio com o organismo, este é apresentado no contexto do Complexo Major de Histocompatibilidade aos Linfócitos T auxiliares (LT helper – LTh) que sintetizam citocinas que, por sua vez, promovem a diferenciação de linfócitos B em plasmócitos produtores de imunoglobulina
E (IgE) específica do alergénio contactado.
Posteriormente, as IgE produzidas irão

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