FILOSOFIA

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Sobre a ideia de dramatização em Gilles
Deleuze
Veronica Damasceno [e-mail] Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil

resumo Este artigo visa introduzir a noção de dramatização em Gilles Deleuze. Trata-se da subversão das clássicas perguntas metafísicas que justificam as essências e (as ideias).
Uma distribuição de diferenças determina a atualização das ideias. O método de dramatização envolve processos de diferenciação. Diferenças internas, relativas a blocos de espaço-tempo criam condições para os conceitos. Um campo intensivo e diferencial de forças faz emergir um teatro especial de virtualidades e uma expressividade das ideias. A realidade não é dada, mas dramatizada por forças não individuais e subjetividades larvares.
O método de dramatização está aquém do conhecimento e até mesmo de toda consolidação que a filosofia ganha com os conceitos. O artigo procurará ainda indicar os vínculos da dramatização com os mundos incompossíveis de Leibniz e com o cinema de David Lynch. palavras-chave dramatização; virtual, ideia, incompossível; individuação; conceito

Pensar é habitar, construir a imanência. A filosofia, para Gilles Deleuze, começa com a criação conceitual e ao mesmo tempo com a instauração do plano de imanência (DELEUZE; GUATTARI, 1992, p.58). Em O que é a filosofia?, Deleuze, juntamente com Félix Guattari, sustentam que a filosofia é uma disciplina extremamente criadora, criar conceitos é algo intrínseco à filosofia.
Todavia, criar conceitos, assim como ter ideias é extremamente difícil.
Só criamos por uma necessidade imperiosa, algo que violenta o pensamento e nos conduz, nos leva a pensar, caso contrário, continuamos no plano das opiniões correntes. Em sua conferência aos estudantes de cineRecebido em 15 de maio de 2011.Aceito em 20 de agosto de 2011. doispontos, Curitiba, São Carlos, vol. 8, n. 2, p.157-174, outubro, 2011

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ma, intitulada O que é o ato de criação?, Deleuze