filosofia

ANÁLISE COMPARATIVA: OS PARÂMENTROS DE ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL NA DÉCADA DE 80 E NA COMTEMPORANEIDADE A história de construção da identidade do Serviço Social e a sua afirmação enquanto profissão percorre uma longa trajetória no Brasil e no mundo, que começa a partir das conjunturas sociais engendradas pelo sistema capitalista e chega à contemporaneidade num contexto de consolidação e constantes modificações e aperfeiçoamentos no que concerne as políticas públicas que compõe o tripé da Seguridade Social, isto é, a Saúde, a Assistência Social e a Educação.
Nesse contexto para se realizar uma análise comparativa desse processo histórico de forma mais precisa e suscintamente esclarecedora é essencial uma delimitação temporal específica, salvo algumas considerações introdutórias de caráter imprescindível. Dessa forma, o período base dessa reflexão perpassa as diretrizes norteadoras da atuação do Assistente Social na década de 80 e nos dias atuais, ponderando as evoluções ocorridas e as transformações na própria autoconcepção do profissional.
O serviço social teve sua origem a partir da estrutura social engendrada pelo sistema capitalista, ou seja, surge como uma consequência e ao mesmo tempo como paliativo para as “mazelas” deste modelo econômico, histórico e social fundamentado no capital e nos antagonismos entre burguesia e proletariado.
Segundo Martinelli:
2º) é uma profissão que nasce articulada com um projeto hegemônico do poder burguês como uma importante estratégia de controle social, como uma ilusão de servir, para, juntamente com muitas outras ilusões criadas pelo capitalismo, garantir-lhe a efetividade e a permanência histórica; (2011, p.156)

Como evidenciado pela autora a gênese do serviço social não pode ser vista numa perspectiva de política pública, mais sim como um mecanismo tão contraditório como o próprio sistema da qual decorre, ou seja, ao passo que busca amenizar os problemas instaurados pela luta desigual de classes