Filosofia cristã-objetivos

Objetivos da filosofia cristã:
O objetivo tomado como principal pela filosofia cristã foi a tentativa de unir os conceitos de fé e razão. A formulação desses conceitos e a forma de concilia-los foi bastante debatido e gerou conflitos entre os seguidores da filosofia cristã. Vejamos essas distinções:
• Creio porque absurdo: representa aqueles pensadores cristãos que julgavam fé e razão irreconciliáveis e colocavam a razão superior a fé;
• Creio para compreender: representa o espírito daqueles que julgavam ambos os domínios conciliáveis, mas subordinavam a razão à fé;
• Compreender para crer: fazia parte daqueles que não apostavam numa conciliação entre fé e razão, mas atestavam a importância de cada uma em seu próprio campo, devendo, portanto, serem tratadas isoladamente.
A corrente mais forte dentre as citadas foi a segunda, creio para compreender, que analisa a razão como sendo uma ferramenta para comprovar e aperfeiçoar a fé. A função da razão, não se aplica a questionar os dogmas da fé, e sim a complementar. Segundo a obra história da filosofia de Reale e Antiseri, um dos maiores filósofos do mundo cristão, santo Agostinho, fazia uma “síntese madura entre fé, filosofia e vida, considerando que a fé teria recebido clareza da razão, mas também que a razão teria ganho estimulo e impulso da fé”. Exemplificando assim essa corrente de pensar filosófica.
Outro objetivo da filosofia cristã era comprovar racionalmente a existência de Deus. O pensador que ganhou destaque por formular concepções afirmando objetivo encontrado acima foi São Tomas de Aquino com as suas “cinco vias” da prova da existência de Deus.
Também foi analisado pela filosofia cristã problemáticas provenientes da interpretação bíblica. Entre esses problemas se encontram; a falta de coerência entre o Deus do antigo testamento com o Deus do novo testamento, o primeiro vingativo e pregador da justiça, e o segundo amoroso e bondoso; problemas com autenticidade de textos bíblicos, como a retirada