Filme o corpo
O filme gira em torno dessa questão: a da suposição de que a Religião cristã desmorona, caso a ressurreição de Cristo seja considerada um mito. O apóstolo Paulo já afirmava enfaticamente:
E, se Cristo não ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé. I Coríntios 15:14
E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados. I Coríntios 15:17
No centro, pois, da questão, está justamente o “problema” que surge em razão do “corpo encontrado”. O filme provoca, desse modo, uma profunda reflexão que passa por interrogações tais como:
Tem a fé cristã sido contruída sob a condição da “ausência do corpo”?
Quanto o cristianismo depende, para sua continuidade, de um corpo (de Cristo e do próprio cristão) que se faz ausente ?
Seria a ausência do corpo “problema-privilégio” só do cristianismo?
Será mesmo que a fé cristã se dissolveria se o corpo de Cristo (e o do cristão) fosse “verdadeiramente” encontrado?
O prof. Osvaldo Giacóia, em estudo baseado em Nietzsche a respeito do inconsciente do século XXI, nos lembra que
o corpo éo fenômeno mais complexo, que deve ser tomado como ponto de partida para a compreensão dos processos mais simples, como, por exemplo, a consciência e sua faculdade de julgar. É ele o fio condutor, que poderá guiar até uma outra concepção de subjetividade, muito mais refinada, ampla e profunda do que a noção tradicional de unidade sintética da consciência. A unidade do sujeito, ou o conceito de ‘Eu’ formado a partir do fio condutor do corpo poderá, então integrar em si