Fichamento

KÜBLER-ROSS, E. Sobre a morte e o morrer: o que os doentes terminais têm para ensinar a médicos, enfermeiras, religiosos e aos seus próprios parentes; trad.: P. Menezes. 6ª ed. São Paulo: Martins
Fontes, 1994.
SOBRE O TEMOR DA MORTE
Capítulo 1

Para iniciar a discussão sobre o temor da morte a autora faz um breve retrocesso histórico a fim de apresentar o desenvolvimento tecnológico e científico como fonte da diminuição dos registros de doenças críticas e, conseqüente, taxas de mortalidade.
Contudo esse desenvolvimento não foi capaz de dar conta do número, crescente, de pacientes com distúrbios psicossomáticos, com problemas de comportamento e ajustamento. Fato que a autora credita às mudanças ocorridas nas últimas décadas que modificaram o mundo e a forma do homem relacionar-se com ele, enquanto saber e ação tecnológica, mas não modificaram o homem em seus medos e desejos, sentidos e significados.
Faz esse retorno histórico para ressaltar que o homem, basicamente, não mudou. A morte constitui ainda um acontecimento medonho, pavoroso, um medo universal, mesmo sabendo que podemos dominá-lo em vários níveis”.
Assinala que mudamos na forma “de conviver com a morte, com o morrer e com os pacientes moribundos e, deixa por entender, que esse novo modo de lidar colabora para que estejamos doentes e amedrontados.
A partir deste ponto do texto descreve nossos ditos “costumes já superados” que, para mim, são uma forma de humanização do morrer - como: permitirmos que “um paciente finde seus dias no ambiente familiar”; permitirmos que as crianças participem das “discussões e temores”, quando da morte de um ente querido; não criarmos falsas esperanças ou explicações aos fatos inevitáveis; considerarmos a opinião de pacientes gravemente enfermos, entre outros.
Aponta esses diversos costumes para que possamos notar o quanto em nossa sociedade a morte é “[...] encarada como tabu, onde os debates sobre ela são considerados mórbidos e as crianças afastadas