FICHAMENTO: O HOMEM DO SÉCULO XVI (Lucien Febvre)
O trabalho do autor baseia-se na linha dos Annales, onde o Homem é historicizável e dinâmico e é através dessa relação que Lucien Febvre chama a atenção e toma a discussão para o homem do século XVI.
Febvre propõe no texto, o alargamento da história do cotidiano e das mentalidades e o inicia falando da relação entre a França e o Brasil. Ele discute a influência de historiadores franceses que vieram para o Brasil na década de 30 na historiografia brasileira, ou seja, uma historiografia tributária nas correntes francesas. No texto é abordada a importância dos Annales e o exemplo que esse pequeno grupo dá para os historiadores: “o exemplo do que pode, do que deve realizar uma equipe de historiadores que queiram fazer da História algo mais do que é em nossos dias. Que queiram fazer da história, verdadeiramente como uma Ciência do Homem”.
Faz um contraponto entre o Cristianismo x Ciência no século XVI. Onde o cristianismo coloca o homem num lugar de destaque, faz dele um ser privilegiado, centro do universo. A ciência, pelo contrário, decide “derrubar” o homem do seu pedestal o colocando na natureza, como todas as outras criaturas, sujeito às leis naturais que se impõe igualmente a ele e aos demais.
O autor cita que: “O homem é sempre o homem; através dos tempos, para além do tremendo abismo dos séculos, desde o início da humanidade, tal como podemos saber pelos testemunhos explícitos, nós encontramos um homem que é sempre o mesmo” e logo em seguida faz um questionamento: “O homem é sempre o mesmo?” E ele mesmo responde que não, pois o homem muda sempre e varia perpetuamente e diz que o papel da história é recolocar o homem em seu meio e mostrar o quanto este meio humano é diferente e se diversifica de época para época.
Mostra que a vida do homem do século XVI é de natureza camponesa e móvel, nômade, muito mais que a nossa.
Aborda também os contrastes existentes no século XVI (frio – calor, dia – noite) e diz que esses