fichamento livro caio prado

1690 palavras 7 páginas
Vida social
A escravidão americana não se filia, no sentido histórico, a nenhuma das formas de trabalho servil que vêm, na civilização ocidental, do mundo antigo ou dos séculos que o seguem (p. 269).
[...] A escravidão na Grécia ou em Roma seria como o salariado em nossos dias: embora discutida e seriamente contestada sua legitimidade por alguns, aparece contudo aos olhos do conjunto como qualquer coisa de fatal, necessário e insubstituível (p. 270).
Coisa muito diferente se passará com a escravidão moderna, que é a nossa. Ela nasce de chofre, não se liga a passado ou tradição alguma (p. 270).
Muito mais grave, contudo, foi a escravidão para as nascentes colônias americanas [...]
Mas há outra circunstância que vem caracterizar ainda mais desfavoravelmente a escravidão moderna: é o elemento de que se teve de lançar mão para alimentá-la. Foram eles os indígenas da América e o negro africano. Povos de nível cultural ínfimo comparado ao de seus dominadores (p. 271 – 272).
Na América, pelo contrário, a que assistimos? Ao recrutamento de povos bárbaros e semibárbaros, arrancados do seu habitat natural e incluídos, sem tradição, numa civilização inteiramente estranha (p. 272).
A contribuição do escravo preto ou índio para a formação brasileira, é além daquela energia motriz quase nula. Não que deixasse de concorrer, e muito para a nossa “cultura”, no sentido amplo em que a antropologia emprega a expressão, mas é antes uma contribuição passiva, resultante do simples fato da presença dele e da considerável difusão do seu sangue, que uma intervenção ativa e construtora (p. 272).
Em suma, verifica-se por tudo que acabamos de ver que na escravidão, tal como se estabelece na América, em particular no Brasil, de que tanto aqui, concorrem circunstâncias especiais que acentuam seus caracteres negativos, agravando os fatores moralmente corruptores e deprimentes que ela, por si só, já encerra (p. 275).
As raças escravizadas e assim incluídas na sociedade colonial, mal

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