Fichamento - Hobbes o medo e a esperança

Hobbes: O medo e a esperança. RIBEIRO, Renato Janine. Os Clássicos da Política I, WEFFORT, Francisco Correia. São Paulo: Ática. P. 50 - 77
A chave para o entendimento do pensamento de Hobbes é entender o que ele quer dizer com estado de natureza. De acordo com Renato Janine Ribeiro, o homem para Hobbes não é um selvagem e sim o mesmo homem que vive em sociedade, pois para ele os homens não mudam.
A guerra se difunde a partir de um jogo de imaginação onde são feitas suposições reciprócas. Por não saber o que o outro deseja, é feita uma suposição de qual seria a atitude mais prudente a ser tomada por ele. O outro em questão, terá a mesma atitude. Dessas suposições, conclui-se que o mais racional é um atacar o outro para vencer ou apenas para evitar um possivel ataque.
Hobbes aponta três causas para a discórdia encontrada na natureza do homem: a competição, a desconfiança e a glória. Os primeiros fazem uso da violência para a dominação, os segundos, por uma questão de defesa e os terceiros por coisas sem significância como uma diferença de opinião.
No estado de natureza o homem tem direito a tudo, ou seja, possui o direito de natureza que
(...) é a liberdade que cada homem possui de usai seu próprio poder, da maneira que quiser, para a preservação de sua própria natureza, ou seja, de sua vida; e consequentemente de fazer tudo aquilo que seu próprio julgamento e razão lhe indiquem como meios adequados a esse fim.
(Leviatã, cap. XIV)
Em Hobbes o indivíduo não é o indivíduo burguês, que quer pilhar riquezas, e sim um indivíduo que almeja a honra. O homem imagina ter poder, imagina ser respeito e imagina o que o outro vai fazer. Nesse conjunto de imaginações o homem pode fantasiar o que é inexistente por cada cada um se imaginar poderoso, perseguido, traído (tendo razão ou não). Por isso, o estado de natureza é um estado de guerra.
Para dar fim ao conflito do estado de guerra, Hobbes define o que é uma lei de natureza:
“Uma lei de natureza (lex