Fichamento de citações da obra "Discurso do Método" de René Descartes - por Gabriel Silva Ribeiro

Centro Universitário Salesiano de São Paulo – Lorena
Gabriel Silva Ribeiro

Fichamento
René Descartes
Discurso do Método

Fichamento para avaliação parcial da disciplina de História da Filosofia Moderna do 3º Período do Curso de Filosofia no Centro Universitário Salesiano de São Paulo/ Unidade de Lorena.

Lorena, 16 de abril de 2014
“(...) o poder de julgar de forma correta e discernir entre o verdadeiro e o falso, que é justamente o que é denominado bom senso ou razão, é igual em todos os homens (...)”
p. 35
Descartes quer dizer que as diversidades de opiniões não provém de sujeitos mais elevados racionalmente que outros, mas das considerações e dos caminhos que uns seguem e outros não. Desde o início do texto é possível perceber o eixo central de seu pensamento: a razão. Descartes evidencia que a razão é a única característica que nos torna homens e nos diferencia dos animais.
“(...) no juízo que faço de mim próprio eu [procuro] inclinar-me mais para o lado da desconfiança do que para o da presunção (...)”
p. 36
Pode-se constatar, nessa frase, a inclinação fundamental de seu método, que consiste justamente em olhar as próprias posições e não afirmá-las imediatamente como indubitáveis, mas assumir uma postura ousada: a desconfiança das próprias opiniões.
“Sei como estamos sujeitos a nos enganar no que nos diz respeito, e como também nos devem ser suspeitos os juízos de nossos amigos, quando são a nosso favor.”
p. 36
Essa frase ainda diz respeito à autocrítica. Rever os próprios posicionamentos implica um interlocutor com o qual se dialoga. Todavia, o perigo para o qual Descartes nos alerta consiste em dialogar com um interlocutor que é como que um espelho de nossas próprias posições. Dessa forma não há possibilidade de refutação, de oposição e, portanto, o aumento gradativo do conhecimento permanece comprometido.
“(...) meu propósito não é ensinar aqui o método que cada qual deve seguir para bem conduzir sua razão,