Fichamento Da Costa Sociedade De Controle

O texto de Rogério da Costa introduz o conceito de sociedades disciplinares (Foucault) e de sociedades de controle que o filósofo Gilles Deluze (1990) traz. O século XX é uma data que marca a fragilidade da sociedade disciplinar e o fortalecimento da sociedade de controle. Basicamente a sociedade disciplinar funciona muito bem em ambientes fechados, sem grande intercomunicação, como a indústria e escolas, por exemplo. A decaída desta sociedade se dá em um século que as inovações de comunicação afloram no mundo. Com a interpenetração dos espaços, a sociedade de controle é marcada por uma suposta falta de limites e fronteiras no ambiente. De acordo com Deluze, nesta sociedade ocorrem formulações constantes e interconectadas nas redes sociais que existem em diversos ambientes.
Nas duas sociedades, as identificações possuem formatos diferentes. Na disciplinar, códigos mais palpáveis são identificações válidas, como assinaturas ou números de documentação. Na sociedade de controle, o foco da identificação serão as cifras, códigos observados digitalmente. É interessante observar o que cada tipo de identificação implica na interpretação dos indivíduos na sociedade, como uma assinatura pode encaixar as pessoas em um mesmo ambiente, e como cifras e códigos obtidos por meio de comportamentos analisados podem dividir os seres em grupos díspares.
Na sociedade disciplinar a observação vigilante era feita conforme a movimentação física dos indivíduos e seu deslocamento no ambiente, espaço. Vigiar era regular fisicamente as pessoas. As novas tecnologias e a forma como estão disponíveis as informações no mundo, passa-se a vigiar as interações virtuais, o caminho percorrido pelas comunicações. Assim é imprescindível analisar como cada ser se movimenta no espaço das informações, e não tanto informações físicas e palpáveis.
Costa utiliza o exemplo do Echalon, um sistema que serve para interceptar telefonemas, mensagens, fax etc., que tem como objetivo espionagem para diversos