Fichamento Cuidar Em Familia
Autores: MAZZA, Márcia Maria Porto Rossetto e LEFRÉve, Fernando
O artigo se propõe a apresentar um estudo realizado com 17 cuidadores familiares de idosos com idade a partir de 70 anos e com incapacidade funcional, valendo do Discurso do Sujeito Coletivo (DSC) - tendo como início um roteiro a partir de um pré-teste e logo após uma pré-entrevista - que valeu como meio de coleta de dados na metodologia empregada e observa as diferentes realidades a que esses cuidadores estão submetidos, mas sempre pautando a dedicação dos mesmos em tratar os idosos com respeito e dignidade, muito embora se manifestem muitas dificuldades no decorrer do processo, como o despreparo dos cuidadores bem como a falta de apoio e estrutura humana e material para propor a atenção necessária que deve ser dispensado aos mesmos.
Para que haja manutenção e independência desses idosos, tomados muitas vezes por doenças crônicas, faz-se necessário execução de atividades físicas bem como a integração social dos mesmos, preferindo assim o cuidado domiciliar para que os laços intrafamiliares formados não sejam rompidos. Nesse sentido o papel do cuidador, cuja identidade se fomenta nesse estudo, perpassa ao seguinte perfil: cônjuges e filhos de 45 50 anos, solteiros, casados ou viúvos e geralmente aposentados, cuidado quase sempre sozinho do idoso que tutela.
Na síntese dos discursos colhidos se destacou aspectos como sentimentos relacionados à díade cuidador-idoso, desde a preocupação com o futuro do acamado, bem como a qualidade dessa interação enquanto forma de cuidado, mas também de sobrecarga do cuidador. Notou-se ainda que para esses cuidadores, há dois tipos de cuidados: o técnico e o leigo, exercido nesse caso por eles mesmos aos prestarem assistência aos acamados,
Foram salientados três discursos nessa análise: o cuidado como retribuição do que recebeu- geralmente exercido