Fichamento Cartas a um Jovem Terapeuta

2115 palavras 9 páginas
Guilherme Basso

“Pois bem, se, por alguma razão (que não precisa ser a mesma do meu pai), é importante para você se alimentar no reconhecimento e no agradecimento infinitos dos outros, então não escolha a profissão de psicoterapeuta.” (p. 4).
“Primeiro, na vida social, o psicoterapeuta não encontra nada parecido com a espécie de gratidão que, no geral, é reservada ao médico (como um agradecimento preventivo, caso acabemos em suas mãos).” (p. 4).
“Segundo, o psicoterapeuta não deve esperar a gratidão de seus pacientes. Nada de presentes no Natal, na Páscoa ou nas outras festas. Nas curas que proporciona, o psicoterapeuta é, por assim dizer, ele mesmo o remédio.” (p. 4).
“Voltarei sobre isso em outras cartas, mas, desde já, aqui vai: nenhuma psicoterapia, seja ela qual for, deveria almejar a dependência do paciente.” (p. 6).
“... há terapeutas que escolheram a profissão com uma boa dose daquela vontade de ser amado e admirado, a mesma que, acabo de lhe dizer, talvez seja uma contraindicação para o exercício da profissão” (p. 7).
“Portanto, porfavor, se sua personalidade pede amor e admiração ao mundo, invente uma crença, torne-se médico, mas, pelo bem das psicoterapias, desista. Ou então (mas este é um caminho longo), antes de se autorizar a ser psicoterapeuta, faça o necessário para mudar mesmo.” (p. 8).
“Sei, claro, que são provas que podem parecer estranhas e extremas, sugeridas por alguém (eu, no caso) que tem desde sempre uma simpatia (senão uma atração) pelas sarjetas do mundo. Mas minha intenção é prevenir.” (p. 9).
“Uma extrema curiosidade pela variedade da experiência humana com o mínimo possível de preconceito. Você pode ter crenças e convicções. Aliás, é ótimo que as tenha, mas, se essas convicções acarretam aprovação ou desaprovação moral préconcebidas das condutas humanas, sua chance de ser um bom psicoterapeuta é muito reduzida, para não dizer nula.” (p. 11).
“A preocupação moral não é estrangeira ao trabalho psicoterápico, mas, para o

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