Fichamento Bobbio (Aristóteles)
Curso: Direito Noturno - UFSC, 1ª fase
Noberto Bobbio - A teoria das formas de governo
Capítulo III - Aristóteles
Para Aristóteles as formas de governo são constituições, as quais ordenam os cargos públicos; ou seja, a autoridade. Para classificar as constituições, ou governos, Aristóteles utiliza-se da classificação sêxtupla, já vista anteriormente, a partir das perguntas ''quem governa'' e ''como governa''.
Dessa forma o poder pode ser exercido por um só, poucos ou muitos, de forma boa ou má. No entanto, Aristóteles difere dos outros autores no que diz respeito à segunda pergunta, pois não considera a questão da legitimidade/consenso, mas sim o fato de governar para interesse próprio (forma má) ou interesse comum (forma boa). ''Chamamos 'reino' ao governo monárquico que se propõe a fazer o bem público; 'aristocracia', ao governo de poucos quando tem por finalidade o bem comum; quando a massa governa visando ao bem público, temos a 'politia', palavra com que designamos em comum todas as constituições. As degenerações das formas de governo precedentes são: a 'tirania' com respeito ao reino; a 'oligarquia', com relação à aristocracia; e a 'democracia', no que diz respeito à 'polida'. Na verdade, a tirania é o governo monárquico exercido em favor do monarca; a oligarquia visa ao interesse dos ricos; a democracia, ao dos pobres; mas nenhuma dessas formas mira a utilidade comum. ''
Quanto ao nível de aceitação das formas de governo, Aristóteles as classifica da mesma forma que Platão. A melhor forma de governo se degenera na pior forma; a segunda melhor, na segunda pior; e a diferença entre as formas boa e má da terceira é a menos evidente. Assim a ordem de aceitação dos governos ficaria da seguinte forma, da melhor para a pior: monarquia, aristocracia, politia, democracia, oligarquia e tirania.
Nota-se que existem divergências entre autores na terminologia usada para as formas boa e má do governo de muitos. Isso é