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528 palavras 3 páginas
"O Homem"
O Homem que este conto se refere é a junção de todos os pobres. A ação passa-se num passeio onde a nossa narradora vai andando ao ritmo da multidão e repara num homem que leva consigo uma criança ao colo. Ambos são belos, ambos são esculpidos pela pobreza. São os únicos que caminham devagar entre as pessoas.
Ninguém repara naquelas pobres almas. Mas, a nossa narradora não deixa de olhar e repara no andar e no desespero paciente do homem. Este vai olhando para o céu como se pedisse uma resposta a Deus para o seu atual estado.
A narradora é levada pelo ritmo e deixa de ver o homem.
O homem enquanto olha para o céu, cai com um rio de sangue a escorrer-lhe dos lábios. Todos param, todos olham. A narradora tenta ver mas o círculo formado pela multidão impedem-na de ver. A ambulância chega e tudo desaparece, como se nada tivesse acontecido.
Podemos ver esse homem como uma imagem moderna de Jesus Cristo, pois este se assemelha a tal e quando olha para o céu pergunta: “ – Pai, Pai, porque me abandonaste?”. Podemos fazer tal comparação porque na crucificação este olha para o céu e profere tais palavras. Podemos afirmar que o homem se dirige a Deus, pois a palavras “Pai” nas duas vezes começa por maiúscula.
Perante isto vemos um paralelismo perfeito: a indiferença da terra e do céu para com o homem.
Este conto faz-nos refletir sobre a parca importância da pobreza para aqueles que não a sentem. Ela passa por nós todos os dias, mas sem nos apercebermos, talvez por estar camuflada, não reparamos, não vemos.
Somos como aquela multidão que atravessava rapidamente o passeio, pois tal como essa multidão só pensa em nós e não nos apercebemos que nos fechamos num círculo.
Sophia de Mello Breyner Andresen
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A Acão de O Homem decorre no movimentado “centro do centro da cidade” (do Porto). Fala de um homem anónimo, solitário no meio da multidão, que

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