Febre reumática
A Febre Reumática é uma doença inflamatória que pode comprometer as articulações, o coração, o cérebro e a pele.
A febre reumática é uma doença inflamatória decorrente de uma importante complicação da infecção pelo estreptococo beta-hemolítico do grupo A. É a principal causa de doença cardíaca adquirida em crianças e adultos jovens em todo o mundo, mas é também a cardiopatia de mais fácil prevenção. Acomete principalmente crianças de 5 a 15 anos, de baixo nível sócioeconômico, que vivem em aglomerações urbanas. A maioria dos ataques iniciais em adultos ocorre no final da segunda e no início da terceira décadas de vida.
Patogenia:
Existem 3 principais mecanismos responsáveis pela patogenia da febre reumática. O primeiro deve-se a infecção direta pelos estreptococos do grupo A, o segundo a um efeito tóxico dos produtos extracelulares do estreptococo sobre os tecidos do hospedeiro e por último uma resposta imune anormal a um ou mais antígenos extracelulares não identificados produzidos por todos ou, talvez, por alguns, estreptococos do grupo A.
Verifica-se que as cepas reumatogênicas demonstram grande aderência às células da mucosa da faringe dos pacientes reumáticos, em contraste com as cepas não reumatogênicas, propriedade que habitualmente está associada a maior quantidade de proteína M no estreptococo. O fator responsável pela aderência é o ácido lipotecóico, presente nas fímbrias da proteína M, que se une à fibronectina das células da mucosa da orofaringe. Aceita-se que o fator essencial na patogenia da FR é a exposição de um indivíduo com uma anormalidade imunológica geneticamente determinada, a um estreptococo do grupo A que apresenta potencial reumatogênico, possivelmente relacionado a antígenos de reação cruzada com o tecido do hospedeiro.
A fase da degradação do estreptococos e reatividade cruzada, ocorre após um intervalo de 2 a 3 semanas sem sintomas, depois da recuperação de uma faringite, evidência adicional para se crer que o