Febre reumática

Histórico
Febre Reumática doença reumática, inflamatória, de origem autoimune, que ocorre em resposta a infecção por streptococcus.
A febre reumática (FR) situa – se no grupo das doenças difusas do tecido conectivo, por apresentar comprometimento peculiar das fibrilas colágenas e da substância fundamental do tecido conectivo. Representa complicação tardia de infecção pelo estreptococo beta – hemolítico do grupo A de Lancefield, sediada quase sempre na orofaringe.
Compromete as articulações, o sistema nervoso central (coréia de sydenham), a pele, mas sua importância decorre do envolvimento cardíaco. Este se faz de modo agudo, sob a forma de cardite, de gravidade variável, até mesmo fatal; ou através de forma crônica, com lesão valvar única ou múltipla, constituindo a cardiopatia reumática, com repercussões hemodinâmicas a largo prazo.

Conceituação e etiologia
Parece indubitável que o agente causador da Febre Reumática seja o estreptococo beta – hemolítico do grupo A de Lancefield, segundo demonstram tradicionalmente as evidências clinicas, epidemiológica e profilática. Não é o germe, porém, diretamente responsáveis pelas lesões, mas através de processo imunológico complexo.
Tem o estreptococo estrutura bem definida, apresentando externamente a cápsula celular, e em seguida a parede celular, a membrana citoplasmática e finalmente o citoplasma. A cápsula celular, constituída de hialuraronato, representa o fator de virulência por oferecer resistência a fagocitose pelos leucócitos sanguíneos. A parede celular compõe – se de uma camada externa, protéica: camada média, hidtocarbonada e a interna, formada de mucopeptideos. Na primeira destaca-se a proteína M, como a mais importante fator de virolência, dotada de especificidade imunológica que permite o reconhecimento dos 60 tipos de hesterotopicos do grupo A. A camada media assegura a distenção dos grupos de hester de A a O. A camada interna, que confere rigidez a célula, é vulnerável a ação da pinicilina e outros