Faraó
Na civilização egípcia, os faraós eram considerados deuses vivos. Os egípcios acreditavam que estes governantes eram filhos diretos do deus Osíris, portanto agiam como intermediários entre os deuses e a população egípcia.
Os impostos arrecadados no Egito concentravam-se nas mãos do faraó, sendo que era ele quem decidia a forma que os tributos seriam utilizados. Grande parte deste valor arrecadado ficava com a própria família do faraó, sendo usado para a construção de palácios, monumentos, compra de jóias, etc. Outra parte era utilizada para pagar funcionários (escribas, militares, sacerdotes, administradores, etc) e fazer a manutenção do reino.
Os principais subordinados do faraó eram, em primeiro lugar, os sacerdotes, sendo ele próprio o sumo sacerdote. Mas possuía, também, outros agentes: um vizir ou primeiro ministro, um tesoureiro real, um arquiteto-chefe, um superintendente de obras públicas, um juiz supremo e quarenta e dois nomarcas. Estes últimos eram os governadores dos nomos ou províncias em que estava dividido o reino
O título de faraó era hereditário, mas o privilégio também envolvia responsabilidades. O príncipe herdeiro fazia comumente um aprendizado, sob a orientação de seu pai, como superintendente das obras públicas ou ministro. Desse modo já chegava ao trono como estadista esclarecido e adestrado, familiarizado com as necessidades do reino e instruído nas grandes empresas públicas de mineração,construção de obras públicas e irrigação. Era muito bom que assim fosse, pois, como rei, seria obrigado pelo costume a devotar grande parte de seu tempo à inspeção e administração dos