Evolução histórica da loucura
Nos tempos da Inquisição, a loucura foi entendida como manifestação do sobrenatural, demoníaco e até satânico, e classificada como expressão de bruxaria, cujo tratamento caracterizou-se pela perseguição aos seus portadores.
No período Renascentista, os loucos eram atirados rio abaixo, como carpas insanas em embarcações que recebiam o nome de Nau dos Loucos. Essas embarcações dispunham de um valor simbólico, como um ritual que libertava a sociedade dos doidos.
É a partir do século XV que a loucura se insere num universo moral. Com a razão filosófica surgia a consciência crítica da loucura que se contrapunha à consciência trágica já existente.
No século XVII, foram criados, em território europeu, os primeiros estabelecimentos para internação, destinados a receber os loucos. As casas de internamento, por muito tempo, foram utilizadas como depósito de pessoas consideradas inúteis e vagabundas, excluídas pela sociedade.
Instaurava-se, em relação à loucura, uma ideia de animalidade. O louco era visto como um animal, desprovido de sua racionalidade de sua fragilidade humana e de sensibilidade à dor física. Como a animalidade, a loucura era um sinal de humilhação e sofrimento.
No final do século XVIII, o ato de trancafiar os loucos repressivamente apenas fazia aumentar sua loucura. Dessa forma, o internamento deixava de almejar a repressão e passava a buscar a libertação, o que, a princípio, contribuiu para o fim do internamento e o surgimento dos asilos.
Evolução da assistência em saúde mental
Um membro de uma associação protestante denominada Quaker destacou-se na Inglaterra, onde fundou, em 1792, um hospício em York, para prestar tratamento humanitário e religioso aos doentes mentais.
Os transtornos mentais foram considerados como resultado das tensões sociais e psicológicas excessivas, de causa hereditária ou, ainda, originadas de acidentes físicos, desprezando a crendice popular de que fossem resultado de possessão demoníaca.
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