Evaldro de Cabral

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O texto “Olinda restaurada: guerra e açúcar no Nordeste”, de Evaldo Cabral de Mello, trata da ocupação Holandesa em Pernambuco. O autor é um diplomata formado em direito, porém sua prática o qualifica como historiador, sua obra tornou-se um referencial para os estudos do estado de Pernambuco.
Evaldo Cabral chama atenção para a complexidade e diversidade. Os holandeses já mantinham relações comerciais com o Brasil, antes da União Ibérica, compravam açúcar para ser refinado e comercializado na Holanda. Segundo o autor, nos primeiros anos de ocupação, poucos engenhos foram queimados pelos holandeses, já que seu interesse maior era a produção de açúcar e a queima desses engenhos só iria prejudicá-los; e alguns engenhos foram abandonados antes mesmo da chegada dos holandeses ao Brasil.
No começo da ocupação, de 1630 a 1637, a WIC não conhecia muitas das táticas usadas pela resistência luso-brasileira, por conta disso se aliou aos grupos indígenas tapuias e potiguaras. Os holandeses se aproximaram de escravos, os prometendo que após três anos de trabalho eles ganhariam salários e seriam alforriados. Além disso, tinham do seu lado um exército de mercenários e alguns senhores de engenho que não haviam abandonado seus engenhos e resolveram se aliar aos holandeses e ajudaram com alimentos, armas, entre outros.
Calabar, que fazia parte da resistência luso-brasileira na Bahia durante a primeira tentativa de ocupação, em 1624, em Pernambuco, 1630, passou a colaborar com a WIC. Como conhecia muito bem a região e as táticas de guerrilha, a WIC consegue se antecipar quanto aos ataques da resistência.
Do lado da resistência luso-brasileira usavam como estratégia a guerra lenta com emboscadas e guerrilhas. Faziam parte da resistência indígena aldeados, que cresceram em aldeamentos jesuítas, como por exemplo, Felipe Camarão; ex-escravos; alguns senhores de engenho; e Mathias de Albuquerque, ex- governador de Salvador e da capitania de Pernambuco, que levou os senhores de

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