Eutanásia
Eutanásia (dos termos gregos: eu – bom, boa, e tânatos – morte) significa literalmente “boa morte”. Quando uma pessoa morre naturalmente e/ou de velhice, os parentes ficam mais tranquilos, aceitam melhor a perda e dizem que ela apagou, morreu dormindo e que foi uma bela morte. Já, quando uma pessoa sofre de uma doença fatal, assim que sua morte é anunciada, os parentes ficam até aliviados porque não aguentavam mais vê-la sofrer e dizem que foi melhor para ela, que o sofrimento terminou, que ela descansou e por aí vai.
Porém, se a pessoa doente ainda mantém sua consciência e decide tirar a própria vida com ajuda de médicos, porque possui uma doença incurável, que provoca muita dor e sofrimento, ou está nos últimos estágios antes da morte, ela não pode. Esse é um ponto muito polêmico porque, de acordo com o linguajar jurídico, o direito à vida é inalienável, isto é, é um direito ao qual as pessoas não podem renunciar, mesmo que queiram ou com o consentimento dos responsáveis. Alguns grupos religiosos também usam dos mesmos argumentos, afirmando que a eutanásia é um pecado, assim como o suicídio.
De outra maneira, pessoas favoráveis à eutanásia argumentam que se trata de fazer um bem a quem sofre, de resgatar a dignidade da pessoa, e, se a ciência nada mais pode fazer para curá-la e nem para lhe dar conforto, a morte seria um recurso para manter a dignidade da pessoa doente. Sendo assim, dizem, não seria um crime abreviar seu sofrimento, já que ela deseja também não mais sofrer. Não se trata de continuar vivo apenas; mas ter uma vida digna e livre de dor.
Uma jovem esposa estadunidense, após dez anos em coma, com seu cérebro e músculos atrofiados, cientificamente provado que estava impossibilitada de retornar à uma vida saudável e normal, teve os aparelhos, que a mantinham viva, desligados. A ação, que culminou em ganho de causa pelo esposo e familiares, argumentando que ela estava clinicamente morta, foi motivo de muita polêmica na mídia