Eutanasia

Artigo: Eutanásia e a bioética

Resumo: A Eutanásia é um procedimento através do qual a morte do indivíduo é adiantada como forma de eliminar o sofrimento em que se encontra. Tal método é originário na Antiguidade e atualmente é confrontado com os direitos humanos garantidos, dentre eles: direito à vida, à liberdade, dignidade da pessoa humana; ocasionando divergências de opiniões no âmbito religioso, médico e social.

Palavras – Chave: Eutanásia, distanásia, ortotanásia, bioética

De acordo com o dicionário Houaiss, eutanásia é o “ato de proporcionar morte sem sofrimento a um doente atingido por afecção incurável que produz dores intoleráveis”. Justamente daí surge toda a polêmica que gira em torno dessa prática, tirar a vida de alguém, mesmo que em estado terminal, é algo ético? Existe toda uma área da ética voltada para discussões desse tipo, a bioética, que é o estudo interdisciplinar entre biologia, ética e medicina que investiga todas as condições necessárias para uma administração responsável da vida. Considera, portanto, questões onde não existe consenso moral como o aborto, a clonagem, a fertilização in vitro, a eutanásia e a pesquisa com células-tronco, assim como a responsabilidade moral dos cientistas em suas pesquisas e aplicações.
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A eutanásia é tão discutida exatamente por ultrapassar a bioética e também a moral de cada um. Não há consenso a respeito da validade da prática nem mesmo entre os médicos, porque não há acordo a respeito do que sentem e pensam doentes em coma ou em estado vegetativo. Exemplo dessa dissintonia de opiniões é o caso Terri Schiavo, a americana morta por eutanásia em 2005 a pedido do marido. Ele se apoiava num diagnóstico médico segundo o qual Terri, que em 1990 sofrera uma parada cardíaca e ficara sem oxigenação no cérebro, já não possuía consciência. Os pais da paciente, no entanto, dispunham de outros laudos, que afirmavam que Terri tinha uma consciência mínima, e se